domingo, 6 de dezembro de 2009

UM CONTO DE NATAL



Em Dezembro via sempre um camião cheio de árvores de Natal e cada uma tinha uma história para contar. O motorista ordenava-as em fila e ficava à espera que as pessoas as viessem comprar. Pendurava umas luzinhas brilhantes e uma placa em que se podia ler em vermelho: ÁRVORES DE NATAL PARA VENDER

Enquanto o homem se servia de chocolate quente, duma garrafa térmica fumegante, uma mãe, um pai e um menino pararam o carro apressados e começaram a procurar a árvore mais bonita de todas.O rapazinho ia à frente e com um olhar reluzente, exclamou:

- Elas têm cheiro de Natal, mãe! Sinto o cheiro de Natal em todo o lado. Vamos comprar uma árvore que chegue ao céu. A maior que pudermos encontrar. Uma árvore que chegue ao tecto e nem dê para carregar. Uma árvore tão grande que até mesmo o Pai Natal, quando olhar, se admire e diga: "Esta é a árvore mais bela que já vi neste Natal!"Para achar o pinheirinho perfeito procuraram com muito cuidado. Aqui e ali, e até mais de uma vez, o pai examinou e balançou mais de seis.

- Mãe, mãe, encontrei, encontrei o pinheirinho de que mais gostei! Tem um raminho partido, mas pode ficar disfarçado. Do anjinho da avó tiraremos o pó e lá no alto ficará a guardar-nos. Podemos comprá-la? Por favor mãe, por favor! - Pediu com fervor.

- Que tal um chocolate quente? - Perguntou o vendedor indulgente, enquanto abria o termo para aquela gente.

- Isto sim vai aquecer o ambiente!E em três pequenos copos de papel serviu o chocolate. Brindavam, esperançosos, a mais um Feliz Natal.

- Escolheste muito bem. Este é realmente o melhor pinheirinho. Feliz Natal! – Disse o homem, amarrando o pinheiro com um cordão. Mas o rapazinho estava triste porque o preço era alto demais para o que o pai podia pagar. Foi então que o vendedor lhe fez uma proposta:

- A árvore é tua com uma condição: Tens de manter uma promessa. Na noite de Natal, quando te fores deitar e rezar, promete guardar no teu coraçãozinho o encanto do Dia de Natal! E agora corre para casa, senão este vento gelado as tuas bochechas vai queimar. E assim foi, com o vento zunindo, durante toda a noite gelada. O bom homem vendeu árvore, após árvore, após árvore. Com cada pessoa que apareceu brindou com o chocolate quente. E quem jurou manter a promessa de guardar no coração o encanto do Natal, saiu na noite contente, cantando canções alegremente. Quando tudo acabou só uma árvore restou. Mas ninguém estava lá para esta árvore adoptar. Então, o homem vestiu o seu grosso casacão e partiu para a floresta com a última árvore da festa. Deixou o pinheirinho perto de um pequeno riacho, para que as criaturas sem casa pudessem fazer dela a sua morada. E sorria enquanto tirava os flocos de neve que na sua barba encontrava. Foi então que por detrás de um arbusto uma rena quase lhe pregou um susto. Olhou para ela e sorriu. Fazendo uma festinha na grande criatura, pensou com brandura: "Parece que o Natal chegou novamente! Ainda temos muito chão e muitas coisas para fazer! Vamos para casa, amiga, trabalhar neste Natal que vai começar. Olhou para o céu, ouviu os sinos a tocar e, num pestanejar, já lá não estava o vendedor.

Baseado Na história de Howard D. F.
Fonte: Natal Todos os Dias

3 comentários:

  1. É um conto muito bonito e a fazer lembrar a minha infância.

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  2. Carla Andrino07/12/09, 13:26

    Howard D.F. sempre teve aptência para os grandes contos. Em boa hora um deles foi colocado neste blogue. Muito bom gosto.

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  3. Ligia Martins07/12/09, 13:27

    Muito espirito Natalicio.

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