quarta-feira, 6 de junho de 2018

DESTE SER QUE NÃO CONHEÇO

Fui bem longe no meu íntimo.
Na brisa me transportei.
Sem afago, sem alento.
Fui filho de ninguém.

Mal afoguei minhas penas,
Voltou a chover em mim.
Não há frio que me gele
Não há dor tão forte assim.

Desalento tão real.
Desta treva que me afoga!
Neste vento que me cega.
Neste mar que me devora!

Paulo Gonçalves

domingo, 3 de junho de 2018

PENICHE


MEU TRISTE DIÁRIO



Não! Não tenho certeza de nada!
Como gostaria que o afeto fosse perene!
Que o amor fosse seguro.
Que a vida fosse eterna.
Mas...
Tudo se transforma.
Tudo nos foge.
Como grãos de areia
Que nos escapam  por entre os dedos.
Assim o vento leva os nossos sonhos,
As nossas orações, os nossos sorrisos.
Meus cabelos brancos, minhas fantasias perdidas.
Sinais dos tempos passados.
Lembranças da minha vida.
Meu fim mais próximo!
Pela minha tristeza interior,
Meu Deus que me alertas.
Meu amor...meu amor!

Paulo Gonçalves