quarta-feira, 6 de junho de 2018

DESTE SER QUE NÃO CONHEÇO

Fui bem longe no meu íntimo.
Na brisa me transportei.
Sem afago, sem alento.
Fui filho de ninguém.

Mal afoguei minhas penas,
Voltou a chover em mim.
Não há frio que me gele
Não há dor tão forte assim.

Desalento tão real.
Desta treva que me afoga!
Neste vento que me cega.
Neste mar que me devora!

Paulo Gonçalves

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