Tendo em conta a tradição, a imagem de Nª SRª dos Remédios terá aparecido na mesma altura em que foi encontrada a da Nª Senhora da Nazaré, por volta do ano 1179. Após a invasão do território pelos árabes em 715, os cristãos da Atouguia da Baleia e imediações veneravam numa pequena ermida uma imagem da Virgem Maria. Receosos dos insultos e da profanação das sucessivas vagas de sarracenos que iam tomando e pilhando a região, resolveram aqueles cristãos esconder a imagem venerada num dos antros cavernosos da então ilha de Peniche. Foi já nos finais do século XII que um salteador encontrou nessa mesma caverna uma pequena imagem de Nossa Senhora, com cerca de trinta e três centímetros, representando a Virgem Mãe com o Menino Jesus nos braços. O homem terá narrado a descoberta a umas crianças que ali se entretinham a apanhar conchas. Estas, logo se encarregaram de espalhar tão untusiasmante notícia e em pouco tempo o povo acorreu em grande número para apreciar tão notável achado. Dando devido acolhimento à Virgem, os fiéis levaram-na triunfalmente até à igreja de S. Vicente, na época existente em Peniche de Cima, nas imediações da actual Igreja Matriz de Nª Srª da Ajuda. No entanto, no dia seguinte, foram encontrar novamente a pequena imagem da Virgem Maria na Gruta onde havia sido encontrada pelo salteador. Compreendeu então o povo que era ali que a Senhora queria permanecer. Sendo aí venerada, puseram-lhe velas acesas e desfazendo as arestas mais salientes da gruta aí construíram um altar, colocando a imagem da Senhora no mesmo lugar onde havia aparecido. A notícia destes acontecimentos espalhou-se rápidamente pelas redondezas e o povo logo começou a acorrer com os seus votos, esmolas e ofertas, conseguindo assim, edificar uma ermida junto à gruta. Crescendo a devoção a esta imagem que passou a ser designada de Nª Srª dos Remédios, decidiu o povo construir-lhe uma mais vasta capela ficando a primitiva a servir de capela-mor. Esta nova construção que será dos séculos XV ou XVI, proporcionou um amplo espaço para o crescente número de peregrinos que ali acorriam e que estabeleceram o hábito de ali peregrinar sob a forma de Círios.
A tradição mantém-se.
O Santuário fica localizado na periferia da península de Peniche, na estrada do farol do Cabo Carvoeiro. Tem especial encanto a capela imbuída da devoção do povo do mar e dos concelhos limítrofes. O santuário congrega muitos devotos que, em círios organizados durante o verão, aí se deslocam, em resgate de promessas conseguidas ou imploradas, sendo a romagem mais importante no terceiro fim de semana de Outubro. A capela é revestida com azulejos azuis e brancos seiscentistas da autoria de António de Oliveira Bernardes, historiando a vida da Padroeira e um painel com o Calvário. Com data do século XVIII e representando cenas da Paixão de Cristo. A imagem de Nossa Senhora situa-se na sua capela-mor e a imagem de Cristo situada na Capelinha do Senhor Morto. Este imóvel está classificado como Imóvel de Interesse Público.
A tradição mantém-se.
O Santuário fica localizado na periferia da península de Peniche, na estrada do farol do Cabo Carvoeiro. Tem especial encanto a capela imbuída da devoção do povo do mar e dos concelhos limítrofes. O santuário congrega muitos devotos que, em círios organizados durante o verão, aí se deslocam, em resgate de promessas conseguidas ou imploradas, sendo a romagem mais importante no terceiro fim de semana de Outubro. A capela é revestida com azulejos azuis e brancos seiscentistas da autoria de António de Oliveira Bernardes, historiando a vida da Padroeira e um painel com o Calvário. Com data do século XVIII e representando cenas da Paixão de Cristo. A imagem de Nossa Senhora situa-se na sua capela-mor e a imagem de Cristo situada na Capelinha do Senhor Morto. Este imóvel está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Fonte:lifecooler.pt
Paulo Gonçalves
Sim senhor, grande artigo histórico. Grande trabalho sobre o que se passou com a imagem de Nª Srª dos remédios. Nem imaginava esta história que a meu vêr está fenomenal. Mais um grande exemplo de boa divulgação histórica.
ResponderEliminarGrande trabalho, no entanto estou enervada. Viram o que a esculástica me disse no comentário anterior? Tenho o dia estragado já nei me apetece comentar.
ResponderEliminarDexa justina agente comenta na mesma sim comá ssim não temos nada pra fazer. Isto está muito bonito eu quero ver se vou aos cirios a Peniche.É muito bonito.
ResponderEliminarIsto está verdadeiramente espectacular e esclarecedor. PARABÉNS!
ResponderEliminarNão quero crer no diálogo que aconteceu entre a dona Justina e a Esculástica que lhe respondeu à altura. Um grande bravo a favor da inteligência.
Um grande aplauso para este grande artigo. Aqui sim de facto azulejos azuis e brancos mas siscentistas e seculares. bem escrito e quem lê entende de forma Histórica.
ResponderEliminarTudo muito bem explicadinho, até as épocas. Parabéns vai de encontro ao meu gosto. Dignificou-se, aqui a história.
Não se aldrabou a história. PARABÉNS
Isto está um deslumbre.
ResponderEliminarFantástico adorei lêr.
Foi demais. Comecei a lêr e o entusiasmo cada vez maior. Bravo.
ResponderEliminarAutêntica prenda histórica.
ResponderEliminarEntusiasmante. Muito bem escrito.
Está soberbo e que bela música.
ResponderEliminarAs fotos a passar estão o máximo.
Grande momento histórico este aqui exposto. Está fantásticamente bem descrito e dá para aprender a quem o lêr com atênção. Gostei muito.
ResponderEliminarBelo
ResponderEliminarLindo e esclarecedor.
ResponderEliminarGrande momento histórico e de muita qualidade. Parabéns sr. Paulo está bom demais. Aprendi muito.
ResponderEliminarGrande espaço de leitura e aprendizagem.
ResponderEliminarGrande momento histórico.
ResponderEliminarGrande percurso por esta zona de Peniche.
Gostei muito de partilhar este grande momento histórico.
ResponderEliminarPerfeito
ResponderEliminarGrandioso é o momento, grandiosa a descrição dos factos históricos. Para o nosso conhecimento e compreensão do que se passa hoje.
ResponderEliminarEstá fantástico. Bom trabalho!
ResponderEliminarO cristo vivo está por aqui e no próximo fim-de-semana mais uma vez. Facto histórico muito bem explicado aqui.
ResponderEliminarUm grande bravo.
ResponderEliminarEstá muito documentado de forma histórica. Bem pensado.
ResponderEliminarMaresia e tradição. muita bem explicado. Belo trabalho.
ResponderEliminarÉ um deslumbre passear por este blogue. Assim vale a pena. Cada artigo melhor que o outro. Agora temos a grande história do santuário. Está grandioso. Ao som desta grande música e com a pssagem destas fotos. DESLUMBRANTE.
ResponderEliminarLindo, este artigo.
ResponderEliminarPenso que deveria haver uma reformulação em todo o recinto do Santuário. Está tudo muito apertado. O piso faz parte do terceiro mundo. É urgente dignificar.
ResponderEliminarTambém acho. A feira fica intransitável. Poderiam pôr a feira à entrada de Peniche como fazem com a festa e assim estragavam também os Círios.
ResponderEliminarBom, mesmo bom era ter muitos ciganos e depois colocar as loas no Cabo Carvoeiro, os ciganos a vender na Fonte Boa, as barracas de castanhas jinto aos portões e a procissão no Santuário. UAU ESTÁ NA MODA REPARTIR E ESTRAGAR AS TRADIÇÕES.
ResponderEliminarUma idéia para a festa da Boa viagem: Procissão no Mar em Ferrel, arraial carróceis na Atouguia, espectáculos no acampamento cigano, venda de pevides, fartuas e trmoços na ilha da berlenga, fogo de artifiçio, nos farilhões, sardinha assada nas estelas, e para descentralizar, PROCISSÃO EM TERRA DE DOMINGO NA PRAIA DA AREIA BRANCA. aSSIM É QUE ERA BOM.
Sinto-me rvoltado com as mudanças. Não inventem, senão entretanto até nos Círios mexem e estragam tudo. Temos o caso da festa. É que se eles se lembram ainda colocam a feira dos círios junto aos portões, quem permitiu o que permitiu com a festa também o pode permitir com os Círios. Peniche está cheio de ILUMINADOS.
ResponderEliminarO artigo está um deslumbre.
Penso que seria muito conveniente colocar a discussão acerca do que se passa nesta terra em relação às festividades. A sondagem que aqui foi colocada deixou bem clara a vontade da população.
ResponderEliminarE depois levar os resultados aos politicos e à PAROQUIA.
SIM PORQUE A PAROQUIA TEM......... E MAIS NÃO DIGO!!!!
AFINAL O QUE SIGNIFICA PARA NÓS AS FESTAS?
SÃO AS PESSOAS DA LOURINHÃO, CADAVAL, BOMBARRAL, ATOUGUIA QUE VÊM PARA CÁ DAR CARAS?
Este artigo dignifica o que ealmente deve ser dignificado.
Correcção
ResponderEliminarAFINAL O QUE SIGNIFICAM PARA NÓS AS FESTAS?
SÃO AS PESSOAS DA LOURINHÃ, CADAVAL, BOMBARRAL, ATOUGUIA QUE VÊM PARA CÁ DAR CARAS?
Este artigo dignifica o que realmente deve ser dignificado.
Penso que este artigo está a suscitar ampla discussão e isso é sinónimo de êxito. O recinto do Santuário precisa realmente de obras urgentes, nada do que lá está, em termos urbanísticos o dignifica. Agora é preciso muita atênção para que não sejam impostas mudanças nas tradições para que não se repita o que aconteceu com a nossa querida festa. Nós temos muitos senhores cheios de boas intênções que aceitam tudo e mais alguma coisa e a tradição que se lixe. CUIDADO!!! O artigo é um espectáculo.
ResponderEliminarOs resultados das mudanças estão visiveis.
ResponderEliminarAfesta perdeu. Menos gente na Procissão No Mar, queriam destruir estão a conseguir. Atênção, se houver mexidas no recinto do Santuário imponham logo as condições, ops, esqueci-me que a paróquia aceita tudo, ops, já falei demais porque será? Meu querido Monsenhor Bastos lutador pelas tradições, chorou ao pé de mim quando lhe disseram que a festa saíria do Campo da República. Não façam o mesmo com os Círios e sei do que estou a falar.
Este artigo é mais uma mensagem de Deus para um povo que se deixou cegar. ESTÁ COMPLETAMENTE CEGO!!!
Grande trabalho de história.
ResponderEliminarMuito bem trabalhado.
ResponderEliminarMuito bonito, este trabalho. De folego.
ResponderEliminarEstá um trabalho muito digno.
ResponderEliminarEstá muito lindo.
ResponderEliminarGRANDES ARTIGOS LEVAM-NOS A PENSAR NESTE LOCAL MARAVILHOSO QUE É PENICHE.
ResponderEliminarEste fim de semana vou estar em Peniche para os Círios e o meu filho vai estar no Campeonato Mundial de Surf. Por isso vou matar saudades até aos Santos.
Adoro este artigo que está tão bem escrito.
Está mesmo bom. Adorei.
ResponderEliminarMuito bom.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarCom coisas destas só se pode obter sucesso. Estamos 25 pessoas agora imaginem que toso vão comentar. Está lindo este artigo.
ResponderEliminarNão admira o contador ir disparado.
Com coisas destas só se pode obter sucesso. Estamos 25 pessoas agora imaginem que todos vão comentar. Está lindo este artigo.
ResponderEliminarNão admira o contador ir disparado.
Não me identifico tenho medo de ser descoberto.
ResponderEliminarAmei o artigo.
Grande e primoroso artigo.
ResponderEliminarMuito bom
ResponderEliminarGente isto está demais. Isto é mesmo a real história que faz parte desta cidade. BELO TRABALHO!
ResponderEliminarIt's good!
ResponderEliminarComeçou a era cultural.
ResponderEliminarIsto deu uma trabalheira. Bravo. Muito bom!
ResponderEliminarGrande documento histórico. Muito bem explicado e fenomenal descrição dos factos históricos. Lendas belas, história de encantar e fascinante. Está um autêntico documento com muito trabalho de pesquisa. Grande sabedoria demonstrada pelo seu autor.
ResponderEliminarÉ muito bom este artigo. Grandes factos históricos narrados aqui. Muito bem narrados.
ResponderEliminarSempre um cheirinho cristão aliado a sabedoria das coisas. Está grande!!!
ResponderEliminarVale a pena lêr estas coisas.
Grande artigo acerca da história dos Círios. Está extraordináriamente bem explicado.
ResponderEliminarIsto é mesmo muito bonito!
ResponderEliminarEste é mais um artigo que eu gostei mesmo muito.
ResponderEliminarCaminhar nos meandros da história e perceber as tradições de um povo ao longo de séculos é obra. Um trabalho de pesquisa, muito bem feito faz um bom artigo é o caso deste. Gostei muito de Ler o que li aqui.
ResponderEliminarGostei muito deste trabalho. Está claro e profundo. Prova de lição bem estudada.
ResponderEliminarMais uma que me leva à minha infância. Tempos em os meus pais não falhavam uma ida aos círios. Castanhas, figos e passas marcam o snosso Outono e trazem doce lembrança do passado. Grande momento histórico e que merece, sem dúvida, ser relembrado.
ResponderEliminarGrande e bom documento histórico.
ResponderEliminarGrande mestria. Pensar inteligente.Impressionante arte de escrita.Soberbo !!!
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