segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A HISTÓRIA DO NATAL


Capitulo 5

O Natal, segundo das leis canónicas (leis ditadas pela Igreja), deve ser composto por 4 missas: a vigília nocturna, a da meia-noite, a da aurora e por fim a da manhã.
Contudo, em termos práticos, não se conseguem celebrar as 4 vigílias, sendo normalmente dispensada a da noite e a da aurora. Assim, a primeira missa celebrada no Natal é a da meia-noite.

A missa celebrada à meia-noite, na passagem do dia 24 para o dia 25 de Dezembro, denomina-se de Missa do Galo. Esta apareceu no século V, pelas mãos dos católicos romanos.

Em relação a esta missa surgem duas questões: Saber o porquê da missa ser celebrada à meia-noite. Saber a razão pela qual esta missa é chamada de missa do galo.

No que se refere à primeira questão, à razão pela qual a missa é celebrada à meia-noite, parte-se da seguinte ideia:
Já que nesta missa se celebra o nascimento de Cristo, ela deve ser celebrada à mesma hora do nascimento deste. Ora, como se pensa que Jesus terá nascido à meia-noite, a missa deve ser celebrada à meia-noite em ponto.

A segunda questão cria maior discórdia, existem várias teorias que tentam explicar qual o motivo denominação de missa do galo.
A explicação mais comum é a da lenda que conta que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus, por isso ficou com a missão de anunciar ao mundo o nascimento de Cristo, através do seu canto.

Até ao início do século XX, a tradição ditava a meia-noite era anunciada, dentro da igreja, através do canto de um galo, real ou simulado.
No seu início, a missa do galo era uma celebração jubilosa, longe do carácter solene que existe nos dias de hoje.
Até princípios do século XX, manteve-se o costume do privilégio de serem os primeiros a adorarem o Menino Jesus estar reservado aos pastores congregados ali. Durante a adoração ao Menino, as mulheres depositavam doces caseiros e em troca recebiam pão bento ou pão do Natal. Outro costume era o de se guardar um pedaço desse pão bento como amuleto, ao qual só se podia recorrer em caso de doença grave.
Uma tradição que existia em algumas aldeias portuguesas e espanholas, era o de se levar um galo para a Missa do Galo, se este cantasse era um prenúncio de boas colheitas para esse ano.

Com o advento do regime republicano e com a falta de párocos em muitas freguesias, fizeram com que a Missa do Galo começa-se a cair em desuso.

Em França, as Missas do Galo mais famosas, como a de Nôtre Dame e a de Saint Germain dês Prés, são muito concorridas, nestas é necessário reservar lugar com bastante antecedência, até porque durante a noite de Natal, também há apresentações de belos programas de música sacra.

Nota: Erradamente, alguns atribuem a S. Francisco de Assis a criação da Missa do Galo. Contudo, a existência desta é muito anterior à época na qual S. Francisco viveu (no século XIII):

FONTE: Natal Todos Os Dias
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Paulo Gonçalves

18 comentários:

  1. Mário Silva14/12/09, 13:46

    VEJAM QUE DOCUMENTO TÃO INTERESSANTE!

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  2. Estamos sempre a aprender.

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  3. Este ambiente de Natal está fenomenal.

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  4. Espectáculo de artigo.

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  5. Fenomenal documento histórico que nos leva a percorrer o Natal

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  6. Diogo o meu nome é Diogo e não Doigo

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  7. Está muito cultural e histórico.

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  8. Aqui sente-se bem o Natal.

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  9. Grande momento de NATAL

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  10. Ligia Martins14/12/09, 14:03

    Está lindo.

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  11. Mais um momento fantástico.

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  12. Susana Alves14/12/09, 15:13

    Magnifico trabalho histórico e de pesquisa acerca de Jesus. O Natal necessita de compreensão. A ciência tem que arranjar explicação para tudo mas a ciência provém do estudo que o homem faz e este foi criado por quem o criou! Continuo a deliciar-me com esta série histórica do Natal.

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  13. É mais um trabalho de folego.

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  14. Carla Andrino14/12/09, 15:19

    Este artigo é um passar pela história do Natal que se traduz na tradição de hoje. Um brilhante trabalho que está exposto de uma maneira a que se obtenha uma compreenção acerca do verdadeiro sentido de comemorar o Natal. É de realçar a maneira como o homem se adaptou e tem vindo a caminhar, não esquecendo a tradição. Muito importante é o seu final em que o mais importante fica demonstrado. Aquilo que é o Natal e o que demais importante ele deve conter.
    Tradição aliada a educação. O Natal é uma aprendizagem para a vida.

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  15. Um bom e bonito trabalho.

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  16. MUITO INSTRUTIVO.

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  17. Grande história. Grande e informativa.

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