Vai realizar-se em Genebra, de 31 de Agosto a 4 de Setembro, a 3ª Conferência Mundial de Clima, evento em que Portugal estará representado através do Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa e do Presidente do Instituto de Meteorologia (IM), Adérito Serrão.
A Conferência é organizada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em colaboração com outras Agências das Nações Unidas e Organizações Internacionais com interesses nos domínios do Clima e das Alterações Climáticas, reunindo um número bastante alargado de chefes de Estado e Governo, altos representantes políticos e peritos mundiais em questões climáticas.
A organização e a oportunidade da Conferência partem do reconhecimento à escala global da necessidade em aprofundar o conhecimento científico actual, nas áreas da previsão sazonal e interanual, para a prestação da informação climática necessária à tomada de decisão, de forma a reduzir os impactos nas actividades socioeconómicas da sociedade.
Espera-se que resulte desta Conferência o entendimento comum de uma estratégia para a implementação de um novo Quadro Global para os Serviços de Clima (Global Framework for Climate Services).
No âmbito deste Quadro Global será dado destaque à rede de observação climática à escala mundial – porquanto esta é a base fundamental do conhecimento do clima – bem como ao estado do conhecimento científico na área da previsão climática, designadamente no campo da modelação. Por outro lado, será analisada a capacidade de construção de interface entre o conhecimento científico e a necessidade de informação das sociedades e dos seus gestores para a tomada de decisão, permitindo identificar e garantir produtos, não só, de melhor qualidade mas claramente orientados para os utilizadores (recursos hídricos, saúde, alimentação, agricultura, energia, outras actividades socioeconómicas).
Este conhecimento e o seu desenvolvimento podem ser um contributo importante para as discussões que serão mantidas durante a próxima Conferência das Partes da UNFCCC – COP 15 – a realizar em Dezembro do corrente ano, em Copenhaga, na perspectiva do estabelecimento dos princípios básicos e compromissos, por parte dos Países, para uma melhor resposta internacional às alterações climáticas, premissas para um novo protocolo que reveja e actualize Quioto, assim como para a eventual criação de um Fundo de Adaptação.
Para Portugal, no tempo presente, esta Conferência ganha uma importância decisiva, porquanto o País está numa região de acentuada vulnerabilidade perante uma ocorrência antecipadamente mais frequente de desastres naturais de natureza e/ou origem meteorológica e climática (secas, cheias, ondas de calor e de frio e incêndios florestais, entre outras.
As anteriores Conferências Mundiais de Clima, realizadas em 1979 e 1990, respectivamente, influenciaram o estabelecimento de uma série de iniciativas científicas e internacionais, como o IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas), a Convenção Quadro sobre as Alterações Climáticas das Nações Unidas (UNFCCC), bem como diversos Programas da Organização Meteorológica Mundial (OMM), tais como o Programa Mundial de Clima, o Programa Mundial de Investigação Climática e o Sistema Global de Observação do Clima (GCOS), esperando-se que desta 3ª.Conferência resulte um compromisso político de reforço do conhecimento do estado actual do clima e da sua previsão para o futuro, para melhor suportar as decisões políticas.
FONTE: INSTITUTO DE METEOROLOGIA
Venha de lá uma chuvada para regar as hortas.
ResponderEliminar