segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

LEMBRANÇAS


Capitulo 4

Tenho saudosas recordações dos meus tempos de infância vividos na ribeira.
Uma tia minha, tinha um café nesta zona, “Café Alcatraz” ainda hoje existe.
Lembro da concorrida máquina de discos em que cada pessoa colocava uma moeda e carregava no botão da música pretendida. “Demis Russos” Suzy Quatro” “Nilton César” e “Joselito” eram as mais ouvidas. Lembro também as célebres rifas de cartão que eram furadas com um lápis e saía sempre uma guloseima. Sinto saudades das brincadeiras com os meus primos na ribeira, andar de escorrega junto aquelas escadas que ainda lá estão e de passar horas à espera da chegada dos barcos. Ver o mar a saltar e passar, cheio de força, por cima do molhe, era um espectáculo que eu gostava muito de assistir a partir do terraço do café.
Como é possível que coisas tão simples me tragam na lembrança uma nostalgia e saudade tal que por vezes as lágrimas teimam em cair ao lembrar desta tão grande felicidade de infância.

Paulo Gonçalves

11 comentários:

  1. Ai meu Deus que coisa tão bela. Que belos tempos!

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  2. António Alves16/01/12, 19:53

    Adoro este tipo de trabalhos.São estes textos que nos enchem a alma e nos fazem reviver o passado com uma doce nostalgia. Bravo!

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  3. Sem dúvida António. Grandes.

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  4. belíssimas recordações que nos fazem sentir nostalgia e amor por tudo o que vivemos e recordamos.Já Mário Quintana dizia: Se pudéssemos escolher a infância
    que vivemos, com enternecimento eu não
    recordaria agora aquele velho tio de perna de pau,
    que nunca existiu na familia, e aquele que
    nunca passou aos fundos do quintal,
    e onde íamos pescar e sestear nas tardes de verão,
    sob o zumbido inquietante dos besouros...
    Recordar é bom e reconhecer que esses foram os melhores tempos. Parabéns pelos magnífico trabalho!!!

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  5. Sentir que fomos felizes, amados e que vivemos e recordamos é o mesmo que dizer que Jesus nos ama e que faz todo o sentido recordar. Reconhecer que se é, ou foi, feliz é uma maneira genuína e humilde de dar graças. Gosto muito destes trabalhos pois são expoente máximo de amor e vida. Este brotar de algo que vem do criador e nos inebria e evangeliza no amor e no reconhecimento.

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  6. Sofia Melo17/01/12, 19:54

    Sob os ulmeiros ou sob os sol que nos alegrava nos dias de Verão. Paisagens que nos rodeavam com tanto que nos marcaram e definiram as nossas personalidades. E quanto não daríamos para voltar atrás? E quanto nos enche este canto que nos oferece de mão beijada toda esta maravilhosa sensação de viver acumulando emoções que tanto nos elevam. Sonhos vividos e que transportamos na alma, no coração! Quanta saudade! Quanta beleza! Quanta genialidade ao colocar este tipo de trabalhos num humilde mas tão grandioso Blogue. Nunca é demais recordar que toda esta riqueza é intransponível e intransmissível, isto se não for escrita, partilhada e solidariamente oferecida. Está gloriosamente belo, humilde e cheio de sentimento. Que belo momento! Que herança tão bela que aqui deixas para todo o sempre. Obrigada Paulo, por seres quem és e por saberes despertar em mim a graça de valorizar gratos momentos, o que nem sempre consegui fazer!

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    1. Carlos Viriato18/01/12, 18:02

      Belo trabalho e justo comentário o da Sofia melo.

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  7. Elisangela18/01/12, 18:02

    Estas crónicas são do mais ternurento e belo que temos.

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  8. Um trabaho cheio de uma nostalgia.

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