Capitulo 4
Tenho saudosas recordações dos meus tempos de
infância vividos na ribeira.
Uma tia minha, tinha um café nesta zona, “Café
Alcatraz” ainda hoje existe.
Lembro da concorrida máquina de discos em que cada
pessoa colocava uma moeda e carregava no botão da música pretendida. “Demis
Russos” Suzy Quatro” “Nilton César” e “Joselito” eram as mais ouvidas. Lembro
também as célebres rifas de cartão que eram furadas com um lápis e saía sempre
uma guloseima. Sinto saudades das brincadeiras com os meus primos na ribeira,
andar de escorrega junto aquelas escadas que ainda lá estão e de passar horas à
espera da chegada dos barcos. Ver o mar a saltar e passar, cheio de força, por
cima do molhe, era um espectáculo que eu gostava muito de assistir a partir do
terraço do café.
Como é possível que coisas tão simples me tragam na
lembrança uma nostalgia e saudade tal que por vezes as lágrimas teimam em cair
ao lembrar desta tão grande felicidade de infância.
Paulo Gonçalves
Ai meu Deus que coisa tão bela. Que belos tempos!
ResponderEliminarLindo!!!!!
ResponderEliminarAdoro este tipo de trabalhos.São estes textos que nos enchem a alma e nos fazem reviver o passado com uma doce nostalgia. Bravo!
ResponderEliminarSem dúvida António. Grandes.
ResponderEliminarbelíssimas recordações que nos fazem sentir nostalgia e amor por tudo o que vivemos e recordamos.Já Mário Quintana dizia: Se pudéssemos escolher a infância
ResponderEliminarque vivemos, com enternecimento eu não
recordaria agora aquele velho tio de perna de pau,
que nunca existiu na familia, e aquele que
nunca passou aos fundos do quintal,
e onde íamos pescar e sestear nas tardes de verão,
sob o zumbido inquietante dos besouros...
Recordar é bom e reconhecer que esses foram os melhores tempos. Parabéns pelos magnífico trabalho!!!
Adorei.
ResponderEliminarSentir que fomos felizes, amados e que vivemos e recordamos é o mesmo que dizer que Jesus nos ama e que faz todo o sentido recordar. Reconhecer que se é, ou foi, feliz é uma maneira genuína e humilde de dar graças. Gosto muito destes trabalhos pois são expoente máximo de amor e vida. Este brotar de algo que vem do criador e nos inebria e evangeliza no amor e no reconhecimento.
ResponderEliminarSob os ulmeiros ou sob os sol que nos alegrava nos dias de Verão. Paisagens que nos rodeavam com tanto que nos marcaram e definiram as nossas personalidades. E quanto não daríamos para voltar atrás? E quanto nos enche este canto que nos oferece de mão beijada toda esta maravilhosa sensação de viver acumulando emoções que tanto nos elevam. Sonhos vividos e que transportamos na alma, no coração! Quanta saudade! Quanta beleza! Quanta genialidade ao colocar este tipo de trabalhos num humilde mas tão grandioso Blogue. Nunca é demais recordar que toda esta riqueza é intransponível e intransmissível, isto se não for escrita, partilhada e solidariamente oferecida. Está gloriosamente belo, humilde e cheio de sentimento. Que belo momento! Que herança tão bela que aqui deixas para todo o sempre. Obrigada Paulo, por seres quem és e por saberes despertar em mim a graça de valorizar gratos momentos, o que nem sempre consegui fazer!
ResponderEliminarBelo trabalho e justo comentário o da Sofia melo.
EliminarEstas crónicas são do mais ternurento e belo que temos.
ResponderEliminarUm trabaho cheio de uma nostalgia.
ResponderEliminar