segunda-feira, 4 de abril de 2016

MOMENTOS...

Que saudades sinto, quando me lembro dos quintais e fazendas que existiam por trás da minha casa que se situava na rua de S. Vicente, em Peniche de Cima. Quando soprava o vento Norte ouvia o barulho do mar. As canas que faziam corrente de proteção entre fazendas, balbuciavam energicamente ao sabor do vento. Na cozinha ouvia, junto à porta e na chaminé, o vento, e este barulho era mágico. Durante o dia passeava-me por uma das fazendas que pertencia a uma tia do meu pai. Esta fazenda era detentora de muitas árvores de fruta; Pereiras, Nespereiras e uma Figueira que frutificava uns figos muito doces. Cheguei a passar mal por comer tantos.
A tia do meu pai tinha ainda, semeadas, batatas, cenouras, couves e todo o tipo legumes. Fazia ainda, criação de galinhas e coelhos.

Tantas brincadeiras, tantos sonhos, coisas tão simples que me fazem sentir saudades até do barulho daquele vento que ouvia na cozinha quando jantava, numa normal noite de Inverno.

Paulo Gonçalves

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