quinta-feira, 29 de maio de 2025

Mãe

 Lembro os alegres verões, passados.

Da minha infância e juventude. 

Dessa quase divina proteção 

De toda a tua dádiva 

A passagem dos anos, tudo transformou em passado.

As palavras voaram com os ventos

Os sonhos desfizeram-se e se desmantelaram.

Os carinhos pairam nas minhas recordações. 

As ilusões que guardava na minha primeira mala de escola, acabaram por se desvanecer.

As minhas lágrimas carregam o peso da suadade, da dor, da solidão da tua ausência. 

No meu interior ecoa a tristeza, a desolação, o vazio.

Da tua palavra, da tua correção, do teu consolo, do beijinho nas despedidas, da tua presença que, de mim, foi arrancada. MÃE!


Paulo Gonçalves


Guarita de Peniche