Capitulo 2
O Natal é, sem dúvida, uma das celebrações mais
complexas do calendário português, no qual se observam elementos de cultos solstícios
e dos mortos, cerimónias da liturgia cristã comemorativas do nascimento de
Jesus Cristo, entre outros.
Actualmente, devido a uma crescente globalização, o
Natal português começa a ser influenciado por outras culturas, sobretudo
através dos filmes americanos, um dos factos que comprova este tendência é a
substituição do Menino Jesus pelo Pai Natal na entrega dos presentes; os tradicionais presépios, que representam o nascimento de Cristo (e que constituem um dos motivos
mais notórios da estatuária popular portuguesa) têm agora de coexistir com a árvore de Natal, de origem
certamente germânica. Contudo, isto não quer dizer que as tradições natalícias
portuguesas desapareceram!
No dia 24 Dezembro, véspera de Natal, à noite, em
certas partes do país (especialmente no norte) tem lugar a ceia de
Natal (chamada de consoada), nesta serve-se bacalhau cozido
e a doçaria cerimonial (rabanadas, sonhos, mexidos, etc.). Ainda no dia 24, no
final da ceia, há a missa do galo à meia-noite,
embora actualmente esta missa esteja a cair em desuso.
No próprio dia 25, há um jantar melhorado com carnes
diversas, em algumas zonas do país no almoço do dia 25 é servida a tradicional
“roupa velha” feita com os restos da consoada do dia anterior.
Um costume já quase esquecido é o de durante a ceia do
dia 24 evocar-se os mortos, com o seu lugar à mesa, fazendo-se uma duplicação
da ceia para eles numa outra sala.
Em certas zonas queima-se cepo do Natal, particular
(nos lares), ou público (nos adros), à volta do qual se cantam canções
tradicionais portuguesas.
Cabe a
nós não destruir a tradição e os costumes sempre baseados no nascimento de
Cristo, figura central do Natal.
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