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"Mágica Maresia"
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O João era um menino humilde. Vivia com os pais e o irmão, numa aldeia na encosta da Serra do Marão. Viviam da pastorícia. Que não sendo um meio de vida abastado, iam arrecadando o pão de cada dia.
Terminadas as férias do Natal, chegava o dia de voltar à escola. Esta ficava localizada a cinco quilómetros, que diariamente, fazia a pé. Este regresso não seria igual, por ter recebido dos pais, a desejada bicicleta, de presente de Natal.
O deslumbre do olhar, perdia-se no horizonte. Porém, isso não compensava o esforço que consumia, ao percorrer essa distância, que tanto o afligia. De mochila às costas, e sacola no ombro, onde uma merenda levava. Lá ia o João, em cima da bicicleta. Mal se continha de tanta alegria, e caminho fora assobiava. Enquanto a bicicleta rolava! Rolava...
A paisagem estava gelada.
As nuvens, mesmo ali ao lado corriam.
O fumo das lareiras, com a neblina,
se confundiam.
O calor das chamas saltitantes por elas
criada,
roubavam ao frio a graça de firmar a geada.
Caminho empedrado, e pelos anos polido.
Murado de xisto e ladeado de castanheiros.
Em redor destes, emergiam azevinhos verdes,
e bagas coloridas, de vermelho garrido.
Que escondiam a nudez dos seus troncos.
Pela folhagem caduca que haviam perdido.
Serra a baixo....
Do verde, surgiam salpicos,
plantados, no alto das colinas,
de casas grandes e pequeninas.
Umas de telhados escuros.
E outras de paredes branquinhas.
Os farrapos de neve fininha,
suspensos nas árvores decoravam,
cenários pintados pela natureza.
Que o Dezembro lhe emprestava.
A imensidão de tanta beleza
O gado seguia-o. Até que rumo aos pastos encontrava. À tardinha quando o sol descia, era vê-lo de regresso a casa, onde pernoitava, até novo dia.
Era Sábado. De manhã cedinho partiu na bicicleta com grande euforia. Desbravando recantos, que não conhecia. Vivendo, a liberdade do espaço e no tempo, que esta lhe concedia.
Até que ouviu algo estranho, vindo de trás de uma sebe, e correu a ver o que se passava.
A continuar brevemente. Raízes M/Peniche
Terminadas as férias do Natal, chegava o dia de voltar à escola. Esta ficava localizada a cinco quilómetros, que diariamente, fazia a pé. Este regresso não seria igual, por ter recebido dos pais, a desejada bicicleta, de presente de Natal.
O deslumbre do olhar, perdia-se no horizonte. Porém, isso não compensava o esforço que consumia, ao percorrer essa distância, que tanto o afligia. De mochila às costas, e sacola no ombro, onde uma merenda levava. Lá ia o João, em cima da bicicleta. Mal se continha de tanta alegria, e caminho fora assobiava. Enquanto a bicicleta rolava! Rolava...
A paisagem estava gelada.
As nuvens, mesmo ali ao lado corriam.
O fumo das lareiras, com a neblina,
se confundiam.
O calor das chamas saltitantes por elas
criada,
roubavam ao frio a graça de firmar a geada.
Caminho empedrado, e pelos anos polido.
Murado de xisto e ladeado de castanheiros.
Em redor destes, emergiam azevinhos verdes,
e bagas coloridas, de vermelho garrido.
Que escondiam a nudez dos seus troncos.
Pela folhagem caduca que haviam perdido.
Serra a baixo....
Do verde, surgiam salpicos,
plantados, no alto das colinas,
de casas grandes e pequeninas.
Umas de telhados escuros.
E outras de paredes branquinhas.
Os farrapos de neve fininha,
suspensos nas árvores decoravam,
cenários pintados pela natureza.
Que o Dezembro lhe emprestava.
A imensidão de tanta beleza
O gado seguia-o. Até que rumo aos pastos encontrava. À tardinha quando o sol descia, era vê-lo de regresso a casa, onde pernoitava, até novo dia.
Era Sábado. De manhã cedinho partiu na bicicleta com grande euforia. Desbravando recantos, que não conhecia. Vivendo, a liberdade do espaço e no tempo, que esta lhe concedia.
Até que ouviu algo estranho, vindo de trás de uma sebe, e correu a ver o que se passava.
A continuar brevemente. Raízes M/Peniche
Grande narrativa. Grande momento.
ResponderEliminarUm conto muito bonito e que nos traz suspense. Mais uma história que vai na mesma linha do moinho.
ResponderEliminarEstá muito bonito e apela ao imaginário da nossa infância. Não vou comentar mais pois espero o seu desfecho.
ResponderEliminarEstou a gostar! Quero saber como acaba.
ResponderEliminarAi que conto tão emocionante.
ResponderEliminarUma história amorosa. Muito bem descrita. Muito bem narrada. Sente-se o local como se fossemos nós a passar por lá. A emoção e saudosismo apelam ao nosso coração quando nos debruçamos sobre uma história destas. Espero um desfecho, não sei porquê, com a mão de Deus.
ResponderEliminarPrefiro comentar tudo no final.
ResponderEliminarEstá bonito e fascinantemente ecrito e descrito.
ResponderEliminarUma bela história.
Muito bonito.
Está muito bonito.
ResponderEliminarLinda descrição quero ver o desfecho.
ResponderEliminarEstá muito bonito.
ResponderEliminarPrefiro comentar tudo no final.
ResponderEliminarEstamos na mesma linha do moinho. Um conto a fazer lembrar as histórias dos cinco.
ResponderEliminarCá temos a nossa Sofia de Melo Bryner de novo. Está muito bonito. Qual será o desfecho?
ResponderEliminarNão me agrada muito esta paragem. Um conto não é uma novela.
É um conto bonito. Só que nos obrigam a andar por aqui para saber o desfecho. Até nem acho mal.
ResponderEliminarPrefiro comentar no final.
ResponderEliminarJá vi que teremos emoção. Inteligente quem o imaginou. Uma história parecida com muitas histórias da nossa infância.
ResponderEliminarEu achei este conto muito bonito e para mim podia ficar assim. O suspense nunca fez mal a ninguém. Muito sentimento muita saudade.
ResponderEliminarComo eu sempre costumo dizer, ver para crer.
ResponderEliminarNeste momento devo dizer; continuar a ver para continuar a gostar.
Ai tá tão bonito.
ResponderEliminarPenso que é um bom conto, no entanto não sabemos o final.
ResponderEliminarO que será?
Muito bem escrito. Deu trabalho e por isso merece ser comentado. Temos escritor/a.
ResponderEliminarQuero ver o final.
Adoro escarafunchar estes contos
ResponderEliminarEstá lindo.
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