“Mágica Maresia”
“Conto de Natal”
Criança
triste
Aconchego
que não encontrou.
Ternura
perdida nas esquinas.
Na vida que
não concretizou!
Não há nada
mais triste que o sorriso de uma criança triste.
Seus olhos
vincados de medo cruzavam os outros que naquele parque de supermercado
caminhavam felizes e cheios de vida. Uma criança carregava, com ar esfuziante,
um brinquedo, um comboio que sua mãe acabara de lhe oferecer.
E, na rua
pedindo esmola...
- Uma
moedinha. Por favor! Preciso de comer uma sopinha.
O vento não
acalma os sonhos destruídos desde cedo. Vivia com a resignação construída na
alma. A tristeza era a sua única companheira. A frieza e desprezo das pessoas
era uma constante e algo a que já se habituara.
No rosto, as
duras lágrimas que teimosamente rolavam porque a alegria insistia em não vir.
Olhava
constantemente para os outros, imaginava que tinha tudo, Amor! Lar! Pais!
O pão que
hoje comeu teve que furtar de um menino qualquer, naquele canto amargo da vida.
Uma senhora
aproximou-se;
- Menino.
Estás sempre por aqui, não tens família?
- Não
senhora! Não tenho nada!
- Nada? Onde
moras?
- Debaixo de
umas escadas?
- A tua
família? Onde está?
- Morreram
todos no seu egoísmo! Nem sei quem são! Deixaram-me numa instituição! Não sei
porque razão! Talvez fosse empecilho!
Sem perceber
porquê, a senhora desatou a chorar!
- Porque
chora?
- Porque não
sei se me podes perdoar mas…
- Mas?
- Tudo farei
para que isso aconteça! A vida obriga-nos a errar! Muito embora eu não tenha
perdão. Entre o errar, recuar e refazer vai um enorme esticão. Havemos de
conversar, mais tarde. Queres deixar a rua e viver numa casa com tudo?
- Com
brinquedos? Não! Não!
- Não
queres?
- Quero uma
casa feliz e com amor…! E também com brinquedos!
A senhora
deu uma gargalhada.
- Assim
será. Vem comigo!
E lá foram
os dois, de mãos dadas, unidos.
Os clientes
daquele supermercado não deixaram de notar a diferença naquele canto. Faltava o
olhar daquele menino triste. Talvez sentissem saudade. Talvez se sentissem
menos incomodados, talvez menos obrigados na sua consciência ou quiçá, talvez
mais aliviados por não se incomodarem com aquela esmola habitual. Talvez…
Amor de
Maria.
Amor de
Jesus.
O olhar
desta criança
A vós me
conduz!
Paulo
Gonçalves
A grandeza e a magestosidade que nos conduz neste perturbante olhar é um desafio em constante movimento nas nossas vidas. Sofrer pelo próximo e elevar o amor é algo que a época natalícia nos desafia. Desbravar caminhos rumo às crianças tristes, e são tantas, é tarefa de amor, tarefa de Jesus. O conto tocou-me profundamente pela qualidade e realidade. O seu final é objectivo de todos nós que teimamos na ganancia. Grande momento, sem dúvida!
ResponderEliminarÉ uma história cheia de riqueza literária e de sentimentos fortes. Mais uma vez de parabéns!
Lindo conto que me comoveu. Já chorei!
ResponderEliminarAi meu deus como somos egoístas. Aí esta falta de apego a coisas que são do nosso interior e que relegamos para a ambição. Tão mal vai o mundo! Quando caímos na realidade em cada Natal pois vêem ao de cima os sentimentos que Deus semeou em nós.
ResponderEliminarComo está belíssimo este conto que me tocou profundamente.
A burguesia e a riqueza de alguns gerou esta indiferença e desigualdade. Quantas e quantas crianças e velhinhos abandonados. Ai minha mãe que escrevo isto a chorar com tanta saudade dos meus frios mas quentes Natais que tinham sobretudo amor! Como me tocou este conto que já nem me apetece saír para tomar café pois o meu coração só me pede para visitar a minha mãe no cemitério porque senti que a devo valorizar. Apesar de pobrezinha nunca me faltou como faltou a mãe aquela pobre e triste criança.
ResponderEliminarJá não temos fome Mãe, mas também não temos o desejo de a não ter.
PARABÉNS PAULO! PELO DESLUMBRANTE E TOCANTE TRABALHO!
PS: PELO QUE ME FIZESTE SENTIR DE TÃO BOM QUE É VALORIZAR OS MEUS PAIS.
Grande conto.
ResponderEliminarUm conto que me transportou para uma infancia que me fez lembrar os meus pais. Adorei e emocionei-me.
ResponderEliminarAdorei este brilhante e tocante conto!
ResponderEliminarGrande e tocante trabalho.
ResponderEliminarLIndo! LIndo!LIndo! LIndo!
ResponderEliminarMais um grande conto que me envolve na sublime lembrança de outros tempos e que me faz ver que existem tantos valores esquecidos.
ResponderEliminargrande e riquíssimo trabalho.
Este conto está cheio de emoção e sentimento.
ResponderEliminarAdorei.
ResponderEliminarComo falar já nem sabemos, porque dissemos já tudo o que devia ser dito, tenho o dever de assinalar este trabalho como mais um de enormíssima qualidade; Grande e real conto que nos magoa pela grande veracidade dos factos. Se o anterior nos chocou com toda aquela guerra que é inerente ao ser humano, este choca pela crueldade que temos capacidade em construir contra os nossos irmãos e pior, crianças. Está de parabéns, o autor que é um marco neste Blogue.
ResponderEliminarPenso que o autor está de parabéns em tudo. Este ano foi um ano de perdas; Perdeu a Lucilía, as Raízes, a Conchita e ainda assim soube sempre manter a qualidade e aumentou o nº de trabalhos triplicando Blogues. Grande e por isso de parabéns. Este conto é mais uma grande prova disso.
ResponderEliminarGostei muito.
ResponderEliminarGrande trabalho. Vale a pena ler os teus trabalhos.
ResponderEliminarGostei, amei, adorei!
ResponderEliminarBelo conto que me fez chorar. Muito em sintonia com o Natal; Mas não com o de Jesus, pois ele ama as crianças e o homem, não!
ResponderEliminarLindo.
ResponderEliminarBonito conto que me comoveu.
ResponderEliminarGrande escritor.
Mais triste que tudo é existirem crianças tristes.
ResponderEliminarGrande conto que representa o amor das crianças.
O conto está bonito! é pena, que as tristezas de muitas crianças, sirva para alguns adultos alcançar os objetivos!.
ResponderEliminarAs crianças são maravilhosas!
Parabéns para o escritor!
A nossa dura realidade consentida e que impomos. Esquecemo-nos que estas crianças são o espelho da nossa dura sociedade criada por nós mesmos. Monstros e egoístas são os homens!
ResponderEliminarEste trabalho tocou-me profundamente, como acontece sempre com estes trabalhos que o Paulo apresenta. A profundidade do tema em si deixa-nos deveras desiludidos connosco próprios. Adorei, chorei e fiquei triste. É um conto de Natal que desperta em nós o nobre sentimento do amor e isso é fantástico. Muito bem construído e delineado que nos conduz ao final mais desejado. Assim acontecesse com todas as crianças que se encontram nesta situação. Parabéns pela excelente escrita.
A nossa dura realidade consentida e que impomos. Esquecemo-nos que estas crianças são o espelho da nossa dura sociedade criada por nós mesmos. Monstros e egoístas são os homens!
ResponderEliminarEste trabalho tocou-me profundamente, como acontece sempre com estes trabalhos que o Paulo apresenta. A profundidade do tema em si deixa-nos deveras desiludidos connosco próprios. Adorei, chorei e fiquei triste. É um conto de Natal que desperta em nós o nobre sentimento do amor e isso é fantástico. Muito bem construído e delineado que nos conduz ao final mais desejado. Assim acontecesse com todas as crianças que se encontram nesta situação. Parabéns pela excelente escrita.
Um momento! Um sentimento! Uma profunda tristeza! A realidade que nos é colocada nua e crua. O nosso mundo é muito assim, por isso o que sentimos quando deparados com este conto. Vale pelo sentimento de amor e justiça que nasce em nós e pela revolta que sentirmos por verificarmos que realmente o mundo vai de mal a pior e que, infelizmente, nos vamos deparando cada vez com mais casos desta natureza.
ResponderEliminarEstá um digníssimo trabalho em toda a linha.
Está tudo dito quero apenas acrescentar que para além das crianças, muito bem lembradas, nesta época natalícia, estão também muito mal os idosos, os descriminados, os toxicodependentes, e todos os vivem abaixo do limiar da pobreza humana. O mundo carece de mimo! O mundo carece de princípios de amor! Este trabalho merece ser bem comentado pois as crianças são o melhor que o mundo tem. Parabéns Paulo!
ResponderEliminarO frio, a fome, o desprezo, o esquecimento são culpa do homem. Este trabalho foca muito bem isso mesmo. Esta fome é a fome visível mas existe outra que é a fome envergonhada e que por aí se encontra. Não se vê claramente mas existe muito fortemente. Este conto poderá suscitar as mais diversas discussões mas uma coisa é certa o mundo precisa de amor.
ResponderEliminarÉ um grande trabalho que está muito bem pensado para esta altura do ano.
O frio, a fome, o desprezo, o esquecimento são culpa do homem. Este trabalho foca muito bem isso mesmo. Esta fome é a fome visível mas existe outra que é a fome envergonhada e que por aí se encontra. Não se vê claramente mas existe muito fortemente. Este conto poderá suscitar as mais diversas discussões mas uma coisa é certa o mundo precisa de amor.
ResponderEliminarÉ um grande trabalho que está muito bem pensado para esta altura do ano.
Adorei.
ResponderEliminarLindo conto.
ResponderEliminarGrande conto.
ResponderEliminarGrande trabalho.
ResponderEliminarExcelente trabalho.
ResponderEliminarLindo trabalho que está cheio de conteúdo.
ResponderEliminarGostei muito. Merece um comentário de apreço.
ResponderEliminarTrabalho de fôlego.
ResponderEliminarLindo!!!
ResponderEliminarEste é mais um conto de se lhe tirar o chapéu. Uma ternura.
ResponderEliminarBelíssimo conto de natal.
ResponderEliminarEstáexcelente, este trabalho.
ResponderEliminarGrande trabalho,
ResponderEliminarGrande e fenomenal trabalho.
ResponderEliminarUm conto de Natal.
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