sexta-feira, 29 de março de 2013

SENHOR TU ÉS A LUZ


Estou cansado das luzes da cidade. Brilhantes, fascinantes….que me deixam o coração em trevas. É a beleza que se vê como um fim em si mesma, é a riqueza que me torna cego às necessidades dos outros.
Procuro uma outra luz. Capaz de iluminar o caminho exigente que leva a uma vida mais humana e mais divina.


Senhor,
Tu és a minha luz.
Sem ti ando nas trevas,
Não posso dar um passo seguro.
Tu és a luz que me dá força, confiança, energia para enfrentar cada dia com coragem e amor.

REPENSAR A MORTE DO SENHOR


Hoje, caminhei pelas ruas, num dia igual a tantos outros, na azáfama de rapidez e de horários impostos e sem tempo para ti, senhor.
Ouvi a ambulância e ouvi dizer que alguém faleceu, tal como acontece, em quase, todos os dias.
Muito do meu dia foi, mais uma vez, preenchido com as minhas preocupações, anseios e ambições.
Hoje, cruzei-me com pessoas, às quais nem sequer lhes dirigi um bom dia e que, tal como eu, são filhos de Deus…
Transfigura-me senhor, neste meu comportamento, neste meu compromisso, no meu dia-a-dia, na minha SEXTA-FEIRA SANTA, no sentido do encontro e não do desencontro. Muda senhor as minhas vestes e torna-me luz para que eu seja digno de carregar, contigo, o peso da cruz. 

Paulo Gonçalves

SEXTA FEIRA SANTA


EVANGELHOS


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 20,1-9)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
FONTE: BÍBLIA SAGRADA

EVANGELHOS


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
(Col 3,1-4)
Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
FONTE: BÍBLIA SAGRADA

EVANGELHOS


Leitura dos Actos dos Apóstolos
(Act 10,34.37-43)
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados.
FONTE: BÍBLIA SAGRADA

domingo, 24 de março de 2013

DOMINGO DE RAMOS


Por entre os pingos da chuva.
Lágrimas do nosso Salvador.
Que toda a terra se compadeça,
Do teu sofrimento, Senhor!

Paulo Gonçalves

EVANGELHOS DOMINGO DE RAMOS


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 22,14-23,56)
[Lido utilizando três leitores: N = narrador; J = Jesus; R = restantes personagens]

N Quando chegou a hora, Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos e disse-lhes:

J «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer; pois digo-vos que não tornarei a comê-la, até que se realize plenamente no reino de Deus».

N Então, tomando um cálice, deu graças e disse:

J «Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o reino de Deus».

N Depois tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-lho, dizendo:

J «Isto é o meu corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim».

N No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:

J «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue, derramado por vós. Entretanto, está comigo à mesa a mão daquele que Me vai entregar. O Filho do homem vai partir, como está determinado. Mas ai daquele por quem Ele vai ser entregue!»

N Começaram então a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa. Levantou-se também entre eles uma questão: qual deles se devia considerar o maior? Disse-lhes Jesus:

J «Os reis da nações exercem domínio sobre elas e os que têm sobre elas autoridade são chamados malfeitores. Vós não deveis proceder desse modo. O maior entre vós seja como o menor e aquele que manda seja como quem serve. Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa? Ora Eu estou no meio de vós como aquele que serve. Vós estivestes sempre comigo nas minhas provações. E Eu preparo para vós um reino, como meu Pai o preparou para Mim: comereis e bebereis à minha mesa, no meu reino, e sentar-vos-eis em tronos, a julgar as doze tribos de Israel. Simão, Simão, Satanás vos reclamou para vos agitar na joeira como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos».

N Pedro respondeu-Lhe:

R «Senhor, eu estou pronto a ir contigo, até para a prisão e para a morte».

N Disse-lhe Jesus:

J «Eu te digo, Pedro: não cantará hoje o galo, sem que tu, por três vezes, negues conhecer-Me».

N Depois acrescentou:

J «Quando vos enviei sem bolsa nem alforge nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?».

N Eles responderam que não lhes faltara nada. Disse-lhes Jesus:

J «Mas agora, quem tiver uma bolsa pegue nela, bem como no alforge; e quem não tiver espada venda a capa e compre uma. Porque Eu vos digo que se deve cumprir em Mim o que está escrito: ‘Foi contado entre os malfeitores’. Na verdade, o que Me diz respeito está a chegar ao fim».

N Eles disseram:

R «Senhor, estão aqui duas espadas».

N Mas Jesus respondeu:

J «Basta».

N Então saiu e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras e os discípulos acompanharam-n’O. Quando chegou ao local, disse-lhes:

J «Orai, para não entrardes em tentação».

N Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra e, pondo-Se de joelhos, começou a orar, dizendo:

J «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua».

N Então apareceu-Lhe um Anjo, vindo do Céu, para O confortar. Entrando em angústia, orava mais instantemente e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discípulos, que encontrou a dormir, por causa da tristeza. Disse-lhes Jesus:

J «Porque estais a dormir? Levantai-vos e orai, para não entrardes em tentação».

N Ainda Ele estava a falar, quando apareceu uma multidão de gente. O chamado Judas, um dos Doze, vinha à sua frente e aproximou-se de Jesus, para O beijar. Disse-lhe Jesus:

J «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do homem?»

N Ao verem o que ia suceder, os que estavam com Jesus perguntaram-Lhe:

R «Senhor, vamos feri-los à espada?»

N E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus interveio, dizendo:

J «Basta! Deixai-os».

N E, tocando na orelha do homem, curou-o. Disse então Jesus aos que tinham vindo ao seu encontro, príncipes dos sacerdotes, oficiais do templo e anciãos:

J «Vós saístes com espadas e varapaus, como se viésseis ao encontro dum salteador. Eu estava todos os dias convosco no templo e não Me deitastes as mãos. Mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.

N Apoderaram-se então de Jesus, levaram-n’O e introduziram-n’O em casa do sumo sacerdote. Pedro seguia-os de longe. Acenderam uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se em volta dela e Pedro foi sentar-se no meio deles. Ao vê-lo sentado ao lume, uma criada, fitando os olhos nele, disse:

R «Este homem também andava com Jesus».

N Mas Pedro negou:

R «Não O conheço, mulher».

N Pouco depois, disse outro, ao vê-lo:

R «Tu também és um deles».

N Mas Pedro disse:

R «Homem, não sou».

N Passada mais ou menos uma hora, afirmava outro com insistência:

R «Esse homem, com certeza, também andava com Jesus, pois até é galileu».

N Pedro respondeu:

R «Homem, não sei o que dizes».

N Nesse instante – ainda ele falava – um galo cantou. O Senhor voltou-Se e fitou os olhos em Pedro. Então Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse:‘Antes do galo cantar, Me negarás três vezes’. E, saindo para fora, chorou amargamente. Entretanto, os homens que guardavam Jesus troçavam d’Ele e maltratavam-n’O. Cobrindo-Lhe o rosto, perguntavam-Lhe:

R «Adivinha, profeta: Quem te bateu?»

N E dirigiam-Lhe muitos outros insultos. Ao romper do dia, reuniu-se o conselho dos anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas. Levaram-n’O ao seu tribunal e disseram-Lhe:

R «Diz-nos se Tu és o Messias».

N Jesus respondeu-lhes:

J «Se Eu vos disser, não acreditareis e, se fizer alguma pergunta, não respondereis. Mas o Filho do homem sentar-Se-á doravante à direita do poder de Deus».

N Disseram todos:

R «Tu és então o Filho de Deus?»

N Jesus respondeu-lhes:

J «Vós mesmos dizeis que Eu sou».

N Então exclamaram:

R «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca».

N Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusá-l’O, dizendo:

R «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei».

N Pilatos perguntou-Lhe:

R «Tu és o Rei dos judeus?»

N Jesus respondeu-lhe:

J «Tu o dizes».

N Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão:

R «Não encontro nada de culpável neste homem».

N Mas eles insistiam:

R «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui».

N Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-n’O com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes:

R «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».

N Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar:

R «Mata Esse e solta-nos Barrabás».

N Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam:

R «Crucifica-O! Crucifica-O!»

N Pilatos falou-lhes pela terceira vez:

R Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte. Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar».

N Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele que fora metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.

N Quando o conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:

J «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque, se tratam assim a madeira verde, que acontecerá à seca?».

N Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia:

J «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».

N Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam:

R «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito».

N Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam:

R «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo».

N Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo:

R «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».

N Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:

R «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável».

N E acrescentou:

R «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza».

N Jesus respondeu-lhe:

J «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».

N Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte:

J «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».

N Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:

R «Realmente este homem era justo».

N E toda a multidão que tinha assistido àquele espectáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas.

N Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia, que era pessoa recta e justa e esperava o reino de Deus. Era membro do Sinédrio, mas não tinha concordado com a decisão e o proceder dos outros. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. E depois de o ter descido da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e começavam a aparecer as luzes do sábado. Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia acompanharam José e observaram o sepulcro e a maneira como fora depositado o corpo de Jesus. No regresso, prepararam aromas e perfumes. E no sábado guardaram o descanso, conforme o preceito.

DOMINGO DE RAMOS


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
(Filip 2,6-11)
Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.

DOMINGO DE RAMOS


Leitura do Livro de Isaías
(Is 50,4-7)
O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o senhor Deus veio em meu auxílio, e por isso não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.

terça-feira, 19 de março de 2013

LEMBRANÇAS (2ª SÉRIE)


Capitulo 13

Volto a falar das minhas noites de ida ao cinema. Recordo, com muita saudade, os meus tempos de infância. Momentos de felicidade, entusiasmo e sonhos. Muitos desses momentos foram vividos nas idas ao Cinema com os meus pais e mais tarde com os amigos. Felizmente os meus pais tiveram a sensibilidade para me levar, por diversas vezes, a estes serões em que parte da população se encontrava nesse mítico e saudoso Cinemar. Eu sonhava e vivia verdadeiros momentos de magia com os filmes que passavam na época. Não consigo esquecer aquela noite, em que assisti ao filme “Os Dez Mandamentos”. Inesquecível foi também o filme Grease, cujo bilhete fora reservado com três Meses de antecedência, tal era a loucura e a importância dada a estes momentos. Saí do cinema com vontade de ir, de novo, no dia seguinte. Lembrança saudosa deste majestoso Cinemar.

Paulo Gonçalves

segunda-feira, 18 de março de 2013

EVANGELHOS


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 8,1-11)
Naquele tempo, Jesus foi para o Monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo, e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».

EVANGELHOS


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
(Filip 3,8-14)
Irmãos: Considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com o bem supremo, que é conhecer Jesus Cristo, meu Senhor.Por Ele renunciei a todas as coisas e considerei tudo como lixo, para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar, não com a minha justiça que vem da Lei, mas com a que se recebe pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e se funda na fé. Assim poderei conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, configurando-me à sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos. Não que eu tenha já chegado à meta, ou já tenha atingido a perfeição. Mas continuo a correr, para ver se a alcanço, uma vez que também fui alcançado por Cristo Jesus. Não penso, irmãos, que já o tenha conseguido. Só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá do alto, me chama em Cristo Jesus.

EVANGELHOS


leitura do livro de Isaías
(Is 43,16-21)
O Senhor abriu outrora caminhos através do mar, veredas por entre as torrentes das águas. Pôs em campanha carros e cavalos, um exército de valentes guerreiros; e todos caíram para não mais se levantarem, extinguiram-se como um pavio que se apaga. Eis o que diz o Senhor: «Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida. Os animais selvagens – chacais e avestruzes – proclamarão a minha glória, porque farei brotar água no deserto, rios na terra árida, para matar a sede ao meu povo escolhido, o povo que formei para Mim e que proclamará os meus louvores».

sexta-feira, 8 de março de 2013

O MEU CANTINHO SOLITÁRIO (4ª SÉRIE)


31
Na classe alta difere o tipo de habitação, esta com mais qualidade, normalmente são moradias, algumas com piscina, aquecimento central, jardim, garagens e por norma ficam mais afastadas da cidade. São pessoas que têm meio de transporte próprio para se deslocarem.
A arquitectura de hoje tem aspectos diferentes quando comparada com a dos séculos passados, é fundamental considerar o ambiente, zonas verdes, espaços de lazer e edifícios construídos com materiais de equilíbrio ambiental, de integração ou recuperação da paisagem com tendência a tornar o espaço urbano num local cada vez mais agradável, quer habitacional, quer público ou cultural. Edifícios plenamente integrados na restante paisagem com espaços verdes, diversos equipamentos, pensando na qualidade de vida e contribuindo para que as localidades se tornem mais agradáveis, bonitas e procuradas. Peniche já vai tendo novas zonas verdes, a entrada da cidade está bastante diferente com o novo Parque Urbano e a zona central da Prageira com outra zona verde, ambas com mobiliário, e parques para fomentar o exercício físico ao ar livre.
Paulo Gonçalves

sexta-feira, 1 de março de 2013

CAMINHO VERDADE E VIDA


6

Hoje estou tão triste, senhor. Uma pessoa amiga sofre de cancro, é jovem, casada e com filhos. O seu sofrimento é enorme e já nada poderá reverter esta situação. Eis chegada a sua fase terminal. Perante esta situação, questiono-me, questiono-te, senhor;
Por que motivo, padece desta doença, tanta gente? Confesso que tenho dificuldades em entender e que os meus sentimentos se baralham. No fundo sei que tu não tens culpa de tal acontecimento, sendo o homem o principal responsável por estragar tudo o que lhe foi oferecido, no entanto é sempre mais fácil questionar-te fazendo subir à tona toda a minha fragilidade, por isso te peço perdão. Peço-te ainda; tende piedade de nós senhor e oferece o discernimento e inteligência ao homem para que, rapidamente encontre a cura tão desejada para tão cruel doença.
Importa rezar sempre, pois Jesus fê-lo muitas vezes, apesar de saber que essa oração não o livraria da cruz, no entanto foi muito importante para ele, a intimidade com o pai, pois dessa intimidade concretiza-se a nossa salvação.

Ficaria muito feliz que esta reflexão originasse uma oração em cada um de nós no sentido de se pedir ao senhor a descoberta da cura para o cancro. Mais do que comentar urge refletir, urge rezar!
Obrigado

Paulo Gonçalves